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sexta-feira, 11 de março de 2011

Conversa de Duas Crianças


— E aí, véio?

— Beleza, cara?

— Ah, mais ou menos. Ando meio chateado com algumas coisas.

— Quer conversar sobre isso?

— É a minha mãe. Sei lá, ela anda falando umas coisas estranhas, me botando um terror, sabe?

— Como assim?

— Por exemplo: há alguns dias, antes de dormir, ela veio com um papo doido aí. Mandou eu dormir logo senão uma tal de Cuca ia vir me pegar. Mas eu nem sei quem é essa Cuca, pô. O que eu fiz pra essa mina querer me pegar? Você me conhece desde que eu nasci, já me viu mexer com alguém?

— Nunca.

— Pois é. Mas o pior veio depois. O papo doido continuou. Minha mãe disse que quando a tal da Cuca viesse, eu ia estar sozinho, porque meu pai tinha ido pra roça e minha mãe passear. Mas tipo, o que meu pai foi fazer na roça? E mais: como minha mãe foi passear se eu tava vendo ela ali na minha frente? Será que eu sou adotado, cara?

— Como assim, véio?

— Pô, ela deixou bem claro que a minha mãe tinha ido passear. Então ela não é minha mãe. Se meu pai foi na casa da vizinha, vai ver eles dois tão de caso. Ele passou lá, pegou ela e os dois foram passear. É isso, cara. Eu sou filho da vizinha. Só pode!

— Calma, maninho. Você tá nervoso e não pode tirar conclusões precipitadas.

— Sei lá. Por um lado pode até ser melhor assim, viu? Fiquei sabendo de umas coisas estranhas sobre a minha mãe.

— Tipo o quê?

— Ela me contou um dia desses que pegou um pau e atirou em um gato. Assim, do nada. Maldade, meu! Vê se isso é coisa que se faça com o bichano!

— Caramba! Mas por que ela fez isso?

— Pra matar o gato. Pura maldade mesmo. Mas parece que o gato não morreu.

— Ainda bem. Pô, sua mãe é perturbada, cara.

— E sabe a Francisca ali da esquina?

— A Dona Chica? Sei sim.

— Parece que ela tava junto na hora e não fez nada. Só ficou lá, paradona, admirada vendo o gato berrar de dor.

— Putz grila. Esses adultos às vezes fazem cada coisa que não dá pra entender.

— Pois é. Vai ver é até melhor ela não ser minha mãe mesmo… Ela me contou isso de boa, cantando, sabe? Como se estivesse feliz por ter feito essa selvageria. Um absurdo. E eu percebo também que ela não gosta muito de mim. Esses dias ela ficou tentando me assustar, fazendo um monte de careta. Eu não achei legal, né. Aí ela começou a falar que ia chamar um boi com cara preta pra me levar embora.

— Nossa, véio. Com certeza ela não é sua mãe. Nunca que uma mãe ia fazer isso com o filho.

— Mas é ruim saber que o casamento deles não está dando certo… Um dia ela me contou que lá no bosque do final da rua mora um cara, que eu imagino que deva ser muito bonitão, porque ela chama ele de ‘Anjo’. E ela disse que o tal do Anjo roubou o coração dela. Ela até falou um dia que se fosse a dona da rua, mandava colocar ladrilho em tudo, só pra ele passar desfilando e tal.

— Nossa, que casamento bagunçado esse. Era melhor separar logo.

— É. só sei que tô cansado desses papos doidos dela, sabe? Às vezes ela fala algumas coisas sem sentido nenhum. Ontem mesmo, ela disse que a vizinha cria perereca na gaiola… já viu… essa rua só tem doido…

— Ixi, cara. Mas a vizinha não é sua mãe?


— É mesmo! Tô ferrado de qualquer jeito.

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Parabens para a mente brilhante por trás disso!



Eu sempre me perguntei o que tinha de mais no seu sorriso.
Por varias vezes te olhei nos olhos tentando saber o que você pensava de mim.
VocÊ parecia um daqueles caras que sabe como tratar uma garota.
As palavras faltam então eu me peguntava de onde vinha aquelas frases que pareciam tiradas de algum seriado.O jeito de imprevisilvel de ser,parecia saber quando eu precisava de você.
se me sentisse mal, você dizia o que é pra ser será.
eu sempre te odiei desde o inicio, você dizia que era normal odiar o desconhecido.
Odiava a sua impulsividade,impulsividade que eu nunca tive coragem de adimitir.
Odiava saber que por varias vezes você sempre esteve certo.
Odiava a maneira como manipulava os meus pensamentos; e eu odeio adimitir que eu sempre gostei de você.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Vale você.

“Já me apaixonei pela internet. Já passei por isso… Já vi a foto de alguém que eu nunca tinha visto na vida e queria saber mais sobre a pessoa. Já procurei um jeito de falar com alguém que nunca tinha falado antes. E quando consegui, nos dias que se passaram, já fiquei horas esperando a janelinha do msn subir com o nome dela escrito. Já fiquei sendo chato sem saber o que falar mas querendo falar algo. Já tive ciúmes de alguém que nunca abracei. Já namorei e fiz promessas com alguém que nunca se quer troquei olhares. Mas eu acho que a recompensa de todos esses sentimentos criados e cultivados mas não realizados valem a pena quando vocês se encontram. Quando você realmente diz algo e ela ouve, quando você a abraça e sabe o cheiro que ela tem, quando você fica olhando e distraída ela olha pra você. Todo esse tempo esperando vale um encontro. Todo esse tempo esperando vale você.”

Federico E. Devito.